Compositor: Não Disponível
Já faz seis anos que estou em um trabalho temporário
Dez pacotes tentando parar de fumar
A mentira me dobra a idade
Com essa mochila não posso voar
Carrego uma inércia que já não sei como parar
Uma rocha no acelerador
Um incêndio que não se apaga
Que não se apaga
Que não se apaga
Tenho mil buracos nas costas
E no peito um cartaz de passa-se
Passei meia vida perseguindo um sonho
E ao mesmo tempo esperando que ele bata à minha porta
Se perguntarem
Diga que não estou, que nunca fui embora
Conte-lhes as metas que não alcancei
Sou um fracassado que não desistiu
Estou de volta aqui
Estou de volta aqui
Sempre pensei que se você acredita em algo
E luta o suficiente, você acabará conseguindo
E veja
Isso nem sempre é assim
Às vezes você cai e não consegue se levantar, é o que é
Se tiver sorte, talvez alguém estenda a mão, e se não
Muitas pessoas ficam no chão
E não é que não tenham tentado o suficiente
É que não conseguiram e pronto
Às vezes é bom baixar as expectativas ou seguir por outro caminho
Saber valorizar o que você tem e onde está
Porque todos precisamos de uma vitória de vez em quando
Como quando jogava 21 na escola e não acertava nenhuma
E dizia: Se eu acertar, é porque ela gosta de mim
E acertava de costas
Às vezes é isso
Tirar de costas
Às vezes é melhor estar em paz do que ter razão
E outras vezes é melhor não guardar nada
Às vezes, o corajoso é baixar o pano
E outras vezes é melhor recomeçar
Às vezes é difícil encontrar o meio-termo
E outras vezes é melhor atacar de frente
Geralmente é melhor chorar por fora do que por dentro
E outras vezes é melhor cuidar de si mesmo e saber quando parar
Minha mãe sempre diz que nem sempre se pode tudo
O mesmo que me assusta é o que me move
O destino tem forma de pergunta
Muitas coisas podem acontecer entre agora e nunca
Eu tenho um sonho que me mantém acordado
À mesma distância entre um recomeço e um fim
Tenho quase a certeza de não estar certo
Mas esse quase
É o que me faz seguir
Carrego uma inércia que já não sei como parar
Uma rocha no acelerador
Um incêndio que não sei parar
Sem aquela faísca que o fez arder
Carrego uma inércia que já não sei como parar
Uma rocha no acelerador
Um incêndio que não se apaga
Que não se apaga
Que não se apaga